sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A QUEM VOCÊ TEM DADO OUVIDOS?

   É notório como somos influenciáveis pelas palavras. Sendo elas escritas ou faladas, exercem um enorme poder sobre as nossas emoções, sobre nosso lado racional, sobre nossas atitudes.
Com elas podemos persuadir, discipular, estimular, derrubar, incitar multidões ao ódio, ou ao amor. 
   A história mostra como Adolf Hitler foi capaz, através de seus discursos persuasivos, de disseminar por toda uma nação e parte do mundo seu ódio e sua filosofia nazista. Com sua oratória, promoveu a guerra, espalhou ódio, a crueldade e a destruição. Paradoxalmente, temos conhecimento de outros homens que através de seus sermões promoveram a paz, o amor, a igualdade racial e foram profundamente positivos à humanidade. A exemplo temos Gandhi, Martin Luther King, Jesus Cristo.
   Mas esses homens conseguiram seus objetivos porque foram seguidos. Alguém lhes prestou a atenção.  Pessoas abraçaram seus ideais, e colocaram em prática aquilo que estava em suas mentes. Fizeram discípulos. Os resultados? Em todos os casos dependeram do que foi semeado.
   Prestemos atenção ao fato de que este ciclo não se encerra nas páginas dos livros ou nas biografias contadas pelos filmes. Nós fazemos parte desta história. Somos nós que muitas vezes nos levantaremos a falar. Ou então, seremos nós que algumas vezes estaremos a ouvir e a vibrar. E posteriormente, a reproduzir os frutos do discurso assistido, da conversa, da fofoca compartilhada e de uma simples frase.
   E qual a proporção que isso poderá alcançar? Quem saberá? Jesus começou apenas com doze homens e algumas poucas mulheres.O resultado? O fato de a História da humanidade ser dividida em Antes de Cristo e Depois de Cristo já esclarece tudo. (Quem leu a última postagem vai entender, a língua é um fogo).
   Por esta razão lhe pergunto: A QUEM VOCÊ TEM DADO OUVIDOS? Dentro de sua família, seu ciclo de amigos, local de trabalho, programas de televisão ou rádio, internet, ou até mesmo dentro de sua igreja. Já parou pra pensar que você pode estar alimentando sentimentos indevidos, sendo precipitado, preconceituoso, ou praticando algo errado por estar dando ouvidos ao discurso errado?
   Estejamos atentos aos exemplos que nos foram deixados. Num primeiro momento, Israel deixou de entrar na terra prometida por causa de sua desobediência e incredulidade. Escolheram dar ouvidos a vóz da maioria do que à Deus. Se apegaram ao discurso dos dez espias, e quase apedrejaram aos dois que escolheram acreditar na promessa do Senhor. E por darem ouvidos as pessoas erradas, seu coração se encheu de medo e desânimo, críticas e desejo de retroceder. Provocaram a ira no Senhor.
   Num momento em que qualquer louco pode subir ao púlpito, manter um programa de televisão, de rádio, ou um BLOG dizendo estar falando em nome de Deus, como saber quem está certo? O livro de Atos nos narra o seguinte: "Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo" (At 17:11). Percebeu? Eles ouviam e examinavam, investigavam, as Escrituras para saber se aquilo que ouviam era a verdade. No Salmo 119, o salmista disse: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho" (Sl 119:105). A verdade que nos guia é a Palavra de Deus, e não aquilo que dizem ser a Palavra de Deus.
   Devemos dar ouvidos somente a verdade. E ela nem sempre estará com a Maioria, com os que estão em eminência, com os que estão cheios de boa intenção, portanto seja inteligente, examine! Fuja das más conversações. 


Pense Nisso!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

VOCÊ TEM CUIDADO DE SUA LÍNGUA?


Há "tempo de estar calado, e tempo de falar." (Ec 3:7)
Você tem mantido sua boca fechada?


   Não muito raras são as campanhas publicitárias que notificam a sociedade sobre o perigo das queimadas e como preveni-las. Quer sejam provocadas pelo clima ou pela ação do homem, as consequências destes acontecimentos são: a destruição, a morte e as alterações na vida local. 
   Este quadro lhe parece familiar? Para mim o é. Talvez alguém, eu ou até mesmo você, tenha aberto a boca quando era a hora de ficar calado. As consequências? São as mesmas de um incêndio: "destruição, morte e alterações na vida local". 
   Quantas famílias não são mais as mesmas porque os pais, impelidos pela raiva, resolveram falar disparando ferozmente contra seus filhos palavras tão letais quanto flechas polidas . E o ambiente de trabalho, que outrora era local de harmonia, acabou se tornando um verdadeiro campo de batalha... tudo porque alguém resolveu deturpar os assuntos em pauta no último almoço. Sem falar de nossas igrejas, ministérios, pastores, famílias pastorais... sim, a lista é longa, então vou dar uma pausa e deixar você incluir sua situação aqui. 
   A razão disso tudo? Em alguns casos, isso aconteceu porque alguém, eu ou você, ignoramos aquilo que Tiago diz no capítulo 3 de sua carta, a "língua é um fogo"
   A metáfora empregada pelo apostolo é para enfatizar que este pequeno membro, é capaz de "grandes coisas". E dentre elas, incendiar o curso da nossa vida (Tg 3.6).A comparação que ele faz é: "Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia" (Tg 3:5). Uma pequena fagulha destruindo uma grande floresta... Analogamente: Uma fofoca destruindo um casamento. Um telefonema arruinando uma amizade. Uma twittada afastando uma multidão sedenta. E mais uma vez a lista segue...
   A língua é um fogo, um mundo de iniquidade... uma fonte quase que inesgotável de injustiças a nossa disposição. O objetivo do discípulo ao salientar estas características, é nos despertar para a nossa obrigação de domá-la e reprimi-la a fim de governar as nossas vidas por completo. E, evitando assim que tropecemos em nossas palavras e venhamos a iniciar um grande incêndio com proporções arrasadoras.
   A tarefa de dominar a língua é necessária, no entanto trabalhosa. A Bíblia chega a destacar que aves e animais selvagens foram domados pela natureza humana. Mas, a mesma se mostrou ineficaz ante a tentativa de domar este pequeno mal "cheio de peçonha mortal"(Tg 3.8). No entanto a mesma nos vocaciona a fazê-la. Pois, não convém que de uma mesma boca procedam bençãos e maldições (Tg 3.10).
   A verdade é que não podemos nos conformar com esta natureza. Nãos podemos nos esconder por detrás de desculpas do tipo "sou sincero, falo mesmo", ou "não sou baú", ou então, agirmos movidos por muita boa vontade. E como existem bons samaritanos que só querem ajudar heim...
Falando nisso, as escrituras nos relatam a história de uma mulher sunamita que perdera um filho e resolve recorrer ao profeta Eliseu para que ele viesse a resolver esta situação (2Re 4). No caminho ela se depara com Geazi, moço do profeta. Uma espécie de assistente, um aprendiz, que vem ao encontro dela perguntar se estava tudo bem. E surpreendentemente ela lhe responde que ia tudo bem. O filho estava morto, mas ela dissera ao marido que estava tudo bem, disse a um assistente direto do homem-de-Deus que ia tudo bem. Ela enlouquecera? Tornara-se uma mentirosa? NÃO! Mas, sabiamente ela só fala com quem de fato poderia resolver a sua situação. Quanta sabedoria!
   Sabedoria que nos falta hoje em dia. "Filhinhos" não abram vossas bocas aos quatro ventos. Existem pessoas que parecem poder ajudar, cheias de boa intenção, mas não possuem maturidade pra digerir determinadas situações. Algumas dizem que vão te ajudar em oração, ou aconselhar. No entanto... a gente sabe no que dá. Existem pessoas certas para desabafar, existem colegas e AMIGOS, contar por contar não resolve a situação. Ninguém melhor que um líder, um pai ou mãe, um pastor. É combustível para o incêndio. Aprenda com a sunamita!


Enfim, "meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1:19.

Pense Nisso!