quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SERÁ A IGREJA TÃO HOMOFÓBICA QUANTO DIZEM?

Enquanto o país sofre pela omissão de nossos governantes e pela falta de atenção, por quem de direito, a questões gravíssimas que afligem nosso povo, um assunto que vem ganhando enfase nos celeiros políticos e nos meios de comunicação é a questão da homofobia. Uma forma de preconceito que sim, merece atenção e deve ser coibida como qualquer outra.

Um dos personagens que figuram neste cenário composto de defesa de direitos, criação de projetos de leis específicas, vítimas e agressores, é a igreja. A mesma vem sendo adjetivada, de forma avultada, como intolerante e preconceituosa. Líderes vem sendo perseguidos por tornarem publicas suas posições em relação ao distinto assunto. E, de uma forma generalizada a igreja de Cristo vem sendo mau interpretada e julgada de forma parcial numa guerra de interesses.

Ano passado saiu uma matéria no portal de notícias do site yahoo cujo título era "Igrejas para gays se proliferam no Brasil" (http://br.noticias.yahoo.com/igrejas-gays-proliferam-brasil-181025901.html). E, a tônica do artigo era reafirmar a posição contrária da igreja ao homossexualismo e, a solução encontrada por alguns partidários para transpor esta resistência na busca de conseguirem se aproximar de deus exercendo a sua do jeito que se entende que possa ser feito. 

Se a igreja não os aceita como são, a solução encontrada após examinar as Escrituras foi reformar seus conceitos para se enquadrarem aos padrões de Deus? Não! Infelizmente não foi assim que aconteceu e, nem é assim que tem acontecido...

Segundo as informações contidas na matéria, muitos cristãos homossexuais tem aderido a um movimento de criarem suas próprias igrejas, um local aonde não precisam mudar, podem ser eles mesmos e receber a todos que tem se sentido vítimas da política repreensiva das igrejas tradicionais. O mesmo artigo aponta que já são 40 igrejas deste tipo em todo país. E, segundo o que foi dito durante a entrevista de um dos integrantes deste processo reformista, ele nutre a esperança de que as igrejas tradicionais venham mudar, pois, segundo ele, "As igrejas cristãs vão ter de se abrir para a homossexualidade, para a transexualidade...".

Bom, nisso tudo o que mais me chama a atenção é a estranheza de todos em relação a posição contrária da igreja quanto a aceitação da prática do homossexualismo. Como se a igreja de Cristo e seus líderes tivessem a obrigação de serem negligentes quanto aquilo que Deus já coibiu (I Cor 6:10). Há uma tentativa de se criar uma imagem negativa, uma iniciativa covarde de distorcer a verdade - a Bíblia-, para levar ao subconsciente coletivo a julgar que a igreja seja arcaica, intolerante, opressiva e preconceituosa. E que seus líderes incitam os fiéis a cultivarem tais características. Como se a postura contrária fosse atual, uma política ideológica adotada pelos lideres de nosso tempo. Uma doutrina inventada pelo homem, dando a entender que realmente a igreja é a vilã.

O que se precisa entender, é que não é a igreja, ou o pastor, que não tolera as manifestações de homossexualidade, como a exemplo, o casamento homoafetivo. E que não existe uma política que visa reprimir ou oprimir o homossexual. Mas, sim que a Bíblia, regra de Fé e prática do cristianismo, inspirada pelo único Deus verdadeiro, aponta o homossexualismo como uma prática desagradável aos Seus olhos (Rm 1:27). E portanto, cabe "a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade" (1 Tm 3:15), defender e anunciar a mensagem pregada pelas Escrituras

Sendo assim, se julgam que a posição da igreja em relação a este assunto está errada, que questionem ao próprio Deus, que se levantem e se indignem contra Ele.

Sei que existem muitas práticas desenvolvidas pelas igrejas e por seus líderes que vem prestando um grande desserviço ao Reino de Deus e a humanidade. Mas,  a sociedade precisa entender que muito do que ela discorda na mensagem pregada pela igreja, ela assim o faz porque não a compreende. E que, a visão da igreja sadia sobre alguns aspectos da vida são fundamentados na observância daquilo que Deus deixou escrito.  E, sobre a sexualidade do ser humano, não é diferente; nos é relatado as suas bases desde a criação.

O Homossexualismo é uma questão demasiadamente antiga. Há registros arqueológicos de sua prática que datam de 12.000 a.C. Ou seja, quando a igreja foi instituída, ele já existia. Na cultura romana era uma prática comum. E, mesmo assim o evangelho não sucumbiu ante ao apelo da sociedade da época. Pelo contrário, pessoas foram alcançadas pelas boa novas do evangelho de Cristo. 

A igreja não precisa mudar suas raízes, tão pouco "abrir as portas" para a prática daquilo que é errado diante da perspectiva de Deus. Como já disse anteriormente em outra postagem, o Cristianismo genuíno não pode e nem precisa ser reinventado, tão pouco adequado a uma sociedade ou a ideologias para ser praticado. Se a igreja cristã tiver de se abrir para certas práticas, porque a sociedade entende que este seja o melhor caminho para ela, sugiro que fechemos as portas, ou que mudemos a nomenclatura, rasguemos a bíblia. Pois, seremos qualquer coisa, menos cristãos e discípulos de Jesus.

Como embaixadora de Cristo a igreja deve AMAR ao pecador, mas, abominando a prática do pecado - "a outros, salvem-nos, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne" (Judas 1:23 NVI)Lembrando que pecado é tudo aquilo que contraria a prática da vontade de Deus.  Deus sempre amou Seu povo, mas nunca deixou de os reprender pelas suas práticas errôneas. No entanto, se há acepção ou, incitação ao preconceito e violência, falta visão da vontade de Deus, falta Palavra, falta conhecer mais de Deus.


Diante desta ótica, a sociedade precisa entender que as portas da igreja não estão fechadas para o homossexual, a prostitua, viciado ou quem quer que seja, pelo contrario, estão abertas para lhe apresentar uma vida plena oferecida por Deus. E que, criar um novo conceito de Deus, não o aproxima de DEle. Em Deus está a verdade, não nas nossas paixões ou métodos. 

A igreja não trabalha para mudar ninguém por si mesma. Mas, a mensagem pregada por Jesus nos leva a buscar esta mudança. Foi Ele mesmo quem disse: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me."  (Lc 9:23 NVI). É impossível querer estar perto de Deus, querer andar com Cristo, desejar ter uma comunhão com o Espírito Santo, sem renunciar as paixões humanas, sem querer se permitir ser transformado por Ele.

PENSE NISSO!